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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Entrevista com o Diretor do longa-metragem EVA

Arnaldo Belotto(26) fez seus estudos entre 2004 - 2006 na Academia Internacional de Cinema, com especialização em Direção, roteiro e edição onde realizou vários trabalhos de destaque.
Em 2006 atuou como presidente da Associação Kino-GlaZ, localizado no Sesc da Esquina em Curitiba (PR), onde era curador do cineclube KinoGlaz e realizava estudos sobre o cinema . Hoje, é sócio fundador da produtora
Destilaria do audiovisual (PR)

TRABALHOS

2009
Happy Isles. Documentário (HDV) Direção, Fotografia e Edição.

2008
Tempo de cinzas. Documentário (HDV). Direção, Roteiro e Fotografia.

2007
Luce delle tenebre. Ficção (HDV). Direção, roteiro e edição.
Casa de Noé. Documentário (DV). Direção, Fotografia e Edicão.
O Batismo. Documentário (DV). Concepção.

2006
Sensorial. Documentário (DV). Direção, Fotografia e Edição.
Espírito da Contradição. Documentário (DV). Direção e Edição. (co-direção com Fernando Severo)

2005
O Cobrador. (DV). Direção.
Contralzerros. (DV). Direção.
Amor e Delirio. (DV). Direção e Roteiro.


1- Como surgiu a ideia de realizar o longa-metragem EVA? E como foi a construção do roteiro?

Conheci um músico pelo Myspace e comecei escutar as músicas dele diariamente, porque eu sentia uma atmosfera diferente ali.
Decidi conhecer quem fazia aquelas músicas, consegui o MSN dele e conversamos no decorrer de um mês. Desse modo , pude entender o porquê daquela atmosfera. Eu vi uma fragilidade que me incomodou, era uma maneira de agir bem distante do que eu conhecia.
De repente, percebi que tudo o que eu estava vivendo poderia transformar-se em algo maior e resolvi conhecê-lo pessoalmente. Ficamos amigos e escrevi algumas anotações que mais tarde transformaram-se no filme EVA!
Para escrever o roteiro do filme, eu convidei o Diretor de cinema, Arthur Tuoto que é um grande amigo meu e juntos conseguimos finalizá-lo em 25 dias, totalizando 14 páginas.

2- O que é EVA?

Eva é a representação do peso da ausência, do amor perdido, da fragilidade. É a companheira, o significado de mulher!

3- A equipe é relativamente nova no mundo do cinema, como você a reuniu? E como foi a sua relação com a equipe?

Trabalho em meus curtas com uma equipe reduzida ou na maioria das vezes, faço os meus filmes sozinho. Por isso, no início eu tive certa dificuldade.
Para formar a equipe preferi buscar pessoas que estivessem começando, que quisessem fazer algo diferente e principalmente que não ligassem de trabalhar em um filme sem dinheiro.
No começo foi difícil, o roteiro passou em diversas mãos! Tentei muitas pessoas antes de chegar na equipe final, mas no fim acabou nas mãos certas.
Também pedi socorro aos meus sócios da produtora Destilaria para os cargos de: Diretor de Fotografia(Eduardo Ribeiro), Assistência de Fotografia (Rodrigo Sakumoto),Edição (Lucas Negrão) e conheci as pessoas que ocupam os outros cargos na internet. São pessoas que gostam de cinema e tinham vontade de participar de um filme.
Acredito muito mais no cinema em equipe hoje e tenho certeza que o filme está em boas mãos, no plural mesmo porque sei que todos deram o próprio suor e sei que isso estará impresso no filme. Todos vão enxergar isso!

4- Como foi a escolha dos atores? E os atores que fazem apenas participações?

A escolha dos atores foi feita com a ajuda da produtora de elenco do filme, Nina Ribas. Eu dei a base do perfil que queria e ela selecionou algumas pessoas para os papéis.
Acreditei que a Nina faria um ótimo trabalho, desde a primeira reunião e não foi diferente, todos os atores nasceram para os papéis que fizeram, não tivemos muito esforço.
Desde que escrevi o roteiro, eu pensava em convidar os atores: Hélio Barbosa, Carolina Fauquemont e o Luthero Almeida. Com eles eu só tive o trabalho de ir atrás e apresentar o roteiro. Todos aceitaram!


5- No filme você não teve direção de atores, então você mesmo interagiu com os atores, qual era a sua técnica? Como você incentiva os atores?

Bom…Acredito que todo diretor deve trabalhar com os atores, mas a ideia de ter uma pessoa que não seja eu para fazer isso, não me agrada. Eu preciso de um contato inicial forte com os atores principais, preciso que entendam o sentido do filme.
Busco a sensação do personagem, porque não acredito que pessoas se transformem em outras, mas acredito que podemos transmitir sensações e eu sempre busco uma para cada personagem. No caso do EVA, quase todos os personagens transmitem a mesma sensação.
Trabalhar com o Bruno Girello (Albert ) foi fácil! Dei sorte de encontrar um ator inteligente, criativo e capaz de ouvir. Eu não precisei ensiná-lo sobre o modo de andar e falar do personagem, ele já havia criado todas as ações que o persoagem poderia pensar em fazer e falava como tal.
Quando não existe incentivo financeiro devemos ser criativos!

6- Quanto tempo levou desde a finalização do roteiro até as gravações?

Dois meses. Quando o roteiro estava sendo finalizado, fui atrás de parcerias para que o filme acontecesse.

7- Quais foram as maiores dificuldades encontradas por você para realizar este filme?

Não encontrei grandes dificuldades, coisa rara, quando algo depende de tantas pessoas! Tudo deu certo no filme, tivemos algo maior nos acompanhando e que não deixou nada dar errado.

8- O filme possui diversas cenas em gravadas dentro de um carro, como foi gravar estas cenas?

Eu nunca havia filmado cenas na estrada, ou de carro em movimento. Portanto, foi uma grande novidade e fiquei apreensivo com tudo isso, mas tivemos sorte com o apoio da
Locall (empresa de aluguel de equipamentos para cinema e TV) , onde conseguimos uma ventosa que nos proporcionou um leque gigantesco de planos. Tive também a ajuda do André Schwartz Pinheiro, que é meu amigo da época da Escola de Cinema. Ele criou um equipamento para cenas em carro que em minha opinião, resultou no plano mais belo do filme.

9- Agora, no final das gravações, você acha que o filme segue a ideia original ou foi modificando-se ao longo das filmagens? Você modificou o roteiro em prol das cenas?


Algumas mudanças aconteceram, mas não precisei mudar o roteiro. Foram transformações apenas nas ações de alguns personagens.

10- Como foi a escolha das locações?

A escolha ocorreu de acordo com a Fotografia e a Direção de Arte, todos nós buscamos lugares que representassem a atmosfera e o tempo do filme.

11- Você fez esse filme com pouco dinheiro, porque você não inscreveu esse projeto em editais? Você tem noção de quanto foi gasto para fazer este longa?

Nunca fiz cinema com dinheiro, sempre vivi este lado independente e autoral. Quando terminei o roteiro e vi que tinha apenas 14 páginas, tive certeza que não era um filme para os moldes destes projetos, principalmente porque pedem uma página por minuto e o meu roteiro apresentava 14 páginas para 80min de filme.
O termo independente não cabe para o EVA, porque é um filme que dependente da equipe e das empresas que nos ajudaram com comidas e equipamentos. Enfim, cada pessoa doou um pouco do seu dinheiro, da sua atenção e muito do seu tempo. Os gastos totais da pré-produção até a captação foram de R$3.900.
Mas, após o trabalho de divulgação do EVA pretendo dedicar-me e conseguir dinheiro para o segundo Longa-metragem, não pela facilidade em ter as coisas, mas pela equipe que merece ser paga.


12- Já terminamos as gravações, por enquanto, você está satisfeito com trabalho?

Totalmente deprimido com o término das gravações! Afinal, tudo isso deixará saudades. Mas, feliz com o resultado da captação e super ansioso pelo processo da edição, design de som e finalização.

13- Como você acha que o público irá receber este filme?

Não faço a menor ideia! EVA é um filme de sensações, cada pessoa pode receber de uma maneira diferente. Procurei sair da zona de conforto comparado aos filmes do momento, trabalhei com tempo estendido e com o silêncio e sei que isso pode incomodar um pouco as pessoas. Espero que compreendam um pouco da vida de Albert e que as pessoas identifiquem-se com estas sensações que enfrentamos algumas vezes na vida.

14- Qual a previsão de lançamento do EVA?

Após o material captado começamos a editar e em sequência design de som e finalização de imagem. Acredito que no meio de julho o filme sai.



quarta-feira, 11 de março de 2009

Publicações na mídia sobre o Filme

[12/03/2009]
Caderno G

Eva independente

Acaba de ser filmado, de modo totalmente independente, o longa-metragem digital Eva, o primeiro de Arnaldo Belotto, de 26 anos, que já dirigiu curtas como Tempo de Cinzas, que acaba de ser selecionado para a Mostra do Filme Livre do Rio de Janeiro, Sensorial e Luce Delle Tenevre.
O filme produzido pela Destilaria do Audiovisual, com uma verba de R$ 4 mil, conta de modo experimental a história de Albert (Bruno Girello), um fotógrafo atormentado pelo seu passado, e Eva (Carolina Fauquemont), dessa época distante.
Também há participações de personalidades curitibanas como Luthero de Almeida, Regina Bastos, Hélio Barbosa, Thadeu Wojciechowski (o "Polaco da Barreirinha") e do duo Félix Bravo.
Festival
A intenção de Belotto é finalizar o filme até 26 de julho para inscrevê-lo no 4º Festival do Paraná de Cinema Brasileiro Latino, em outubro.



Fonte: Gazeta do Povo:
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/cadernog/conteudo.phtml?id=866266&ch=

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[11/03/ 2009]

CAMARIM

Cine Indie 1

No último sábado encerraram-se as filmagens de ''Eva'', longa-metragem independente inteiramente produzido em Curitiba. A direção é de Arnaldo Belotto, que já produziu diversos curtas (que podem ser vistos no site arnaldobelotto.blogspot.com). O casal de protagonistas é composto por Bruno Girello no papel de Albert, um fotógrafo atormentado pelo passado, e Carolina Fauquemont como Eva, o símbolo deste passado. A produção é da Destilaria do Audiovisual, a mesma que filmou clipes legais do Charme Chulo e Sick Sick Sinners.

Cine Indie 2
Feito inteiramente na raça, ''Eva'' começou a ser filmado em 31 de janeiro aos finais de semana, em cinema digital, com um mais que enxuto orçamento de aproximadamente R$ 4 mil. Há várias participações de personalidades curitibanas como Luthero de Almeida, Hélio Barbosa e Thadeu Wojciechowski. Na trilha sonora estão Ruído/mm, Felix Bravo (que aparece no filme) e Albert Nane (também fotógrafo, cujas imagens e sons inspiraram o diretor), além de João Coração, Fábio Góes e Vini. Previsão de lançamento para julho. Mais informações no site filmeeva.blogspot.com

Cine Indie 3

A produção de longas independentes é cada vez mais frequente na capital paranaense. As produtoras Processo e Alumiar estão filmando desde o ano passado o ''Longa de Curtas'' (vide o site http://www.longaindependente.blogspot.com/). Tanto eles quanto o diretor de ''Eva'' estarão amanhã em um bate-papo na Fnac, onde contam um pouco sobre seus filmes e sobre o cinema feito no Estado atualmente.

Cine Revista
O evento faz parte de um Fórum de cinema, realizado pela rede nesta semana. O encerramento, na sexta-feira, terá lançamento da 6 edição da Revista Juliette, acompanhado de debate sobre cinema argentino com Paulo Camargo, Mariana Sanchez e o editor Rafael Urban, repórter da FOLHA. Ambos os eventos começam às 19h30, e a Fnac fica no Park Shopping Barigui.


Fonte:Folha de Londrina: http://www.bonde.com.br/folha/folhad.phpid=4846LINKCHMdt=20090310

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[08/03/2009]


Um filme sensorial
por Vanda Moraes

“EVA”, a mais nova produção do cinema independente de Curitiba tem a fragilidade como ponto principal e só foi possível pela interação da equipe com o projeto “Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”. Todo cineasta brasileiro ou apreciador desta arte já ouviu este, que é o conceito do cinema independente neste país. O curioso é perceber que, em Curitiba, este conceito não mudou.
Exemplo claro disso é o filme “EVA”, cujas filmagens foram finalizadas neste sábado, 07 de março. O filme, definido pelo diretor Arnaldo Belotto como simplesmente “sensorial” teve dois meses de gravações, sendo que foi filmado apenas nos finais de semana, já que todos da equipe têm trabalhos paralelos. “Nunca fiz cinema com dinheiro, sempre vivi este lado independente e autoral”, contou Belotto. “O termo independente não cabe para o “EVA”, porque é um filme dependente da equipe e das empresas que nos ajudaram com comida e equipamento. Enfim, cada pessoa doou um pouco do seu dinheiro, da sua atenção e muito do seu tempo”, avaliou.
Mas, a falta de dinheiro não representa um problema para nenhuma das 27 pessoas da equipe. Ao contrário, o filme só é possível pela interação que se percebe com a câmera ligada ou não. A maior parte das pessoas que tornaram o projeto de Belotto possível nunca tinha trabalhado com cinema. Entre eles o ator principal Bruno Girello que, além do filme, faz teatro e é cozinheiro. Como ele concilia todas as atividades? “É bem tranqüilo, me organizo bem com todas as funções, na essência as três são bem parecidas. Me canso, mas gosto.”, sintetizou Girello.
“EVA” é o primeiro longa-metragem do diretor. Segundo ele, este novo momento está sendo bastante tranqüilo, apesar de a escolha da equipe ter sido um tanto difícil, já que na produção de seus curtas, Belotto trabalha com poucas pessoas ou sozinho. “O roteiro passou em diversas mãos, tentei muitas pessoas antes de chegar a esta equipe final, mas no fim acabou em mãos certas”.
A equipe final é formada por sócios do diretor na
Produtora Destilaria do Audiovisual, nas funções de direção de fotografia, assistente de fotografia e edição. Os outros integrantes são pessoas que Belotto conheceu através da internet e que tinham vontade de trabalhar em um filme. Já os atores foram selecionados de acordo com suas semelhanças com os personagens. No final todos acabaram somando para a construção do projeto. “Quando não existe incentivo financeiro devemos ser criativos, todos gostam de criar”, afirmou Belotto.
Para a atriz Carolina Fauquemont, é importante que diretores locais estejam colocando suas idéias em prática. “Fiquei feliz de saber que ele (Belotto) faria um longa independente. Eu admiro muito as pessoas que desenvolvem suas idéias, dão vida aos seus projetos”, afirmou. A atriz, que já realizou alguns trabalhos em cinema considera a participação em “EVA” como especial pelo fato de já conhecer o diretor e estar familiarizada como formato do projeto. “Eu sempre participei de curtas metragens independentes em Curitiba. Poucas vezes consegui dizer não. Essa arte me pega!”, disse.
Com as gravações encerradas, Belotto parte para a etapa de edição do filme. O término das filmagens desperta emoções antagônicas. “Totalmente deprimido com o término das gravações! Afinal, tudo isso deixará saudades. Mas, feliz com o resultado da captação e super ansioso pelo processo da edição, design de som e finalização”, afirmou o diretor.
A nós, resta esperar o dia 26 de julho, quando, de acordo com a equipe, o filme estará finalizado.

Fonte:
Jornal TiraGosto:
http://www.jornaltiragosto.com/blog/?p=520

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[13-02-2009]
EDUCAÇÃO E CULTURA

Ouro Fino apóia cinema nacional

A
Empresa de Águas Ouro Fino firmou parceira com a produtora Destilaria do Audiovisual, responsável pelo filme Eva, em fase de gravação. Para os 14 dias de produção, entre 31 de janeiro e 14 de março, a Ouro Fino disponibilizará 600 copos de água mineral para os membros da equipe. O filme é gravado em diversos pontos turísticos de Curitiba, além do litoral paranaense. Com a proposta de fazer uma reflexão sobre a fragilidade humana, Eva será lançado nacionalmente em novembro de 2009.
Eva apresenta o fotógrafo Albert, personagem principal. Como artista, ele usa sua sensibilidade para manipular os retratos de pessoas ou de paisagens. Ao longo da história, são apresentados alguns dos retratos no momento da criação de Albert. Essa arte frágil, a qual Albert se dedica, pretende desarmar pessoas, revelar um íntimo desconhecido, que é refletido nestes retratos. Ao longo desta jornada, um objeto estranho ganha
destaque: o corpo de uma mulher, que não se sabe da onde veio ou quem seja, aparece na vida de Albert. O homem que era até então recluso e que usava sua arte para revelar os outros, começa a ser revelado.

Fonte:ParanaShop:

http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.phpop=cursos&id=20635

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