segunda-feira, 20 de julho de 2009
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Entrevista com o Diretor de Fotografia Eduardo Ribeiro
Eduardo Ribeiro(25),formou-se em Fotografia e Direção de Artes, pela AIC (Academia Internacional de Cinema) participou do curso de cinema da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) em 2004.
Em 2006, fez Fotografia Still no longa-metragem Estômago,do Diretor Marcos Jorge. Atualmente, Eduardo está cursando o terceiro período do Curso de Design de Produto, na Universidade Positivo e atua como sócio fundador da produtora Destilaria do audiovisual (PR).
1- Qual foi a sua motivação para participar do filme?
Sou apaixonado em realizar cinema e receber um convite para fotografar um longa foi bem tentador, já havia realizado outros trabalhos com meu sócio e amigo Arnaldo Belotto, mas estes eram curtas. O roteiro me pareceu bem bonito esteticamente e por isso aceitei a proposta de participar do filme.
2- A fotografia do filme é participativa, ou seja, ela contribui para o entendimento do filme?
Estamos usando um mount 35mm o que nos possibilita uma profundidade de campo mais seletiva, desse modo o foco está ajudando na narração dando a atenção nos pontos de interesse do filme. O fato da luz do Albert ser sempre difusa remete a fragilidade do personagem, já Eva quase sempre aparece com uma luz mais dura, intensificando seu traço tornando a mais impactante. Desse modo posso dizer que sim, a fotografia ajuda na compreensão do filme.
3- Quais foram as maiores dificuldades de filmar EVA?
Em muitas situações a falta de verba prejudicou o andamento das filmagens, o fato da equipe de fotografia conter apenas 4 pessoas acabou desgastando, fazendo cair o rendimento e a agilidade do trabalho. A falta de um caminhão para os equipamentos também foi um fator negativo.Mas o mais complicado foi a postura da equipe no Set, por ser uma equipe nova dentro do cinema, acabavam atrapalhando sem querer o processo de prelighting, pois sempre estavam no caminho, mas no decorrer das filmagens isso foi desaparecendo. 4- Na cena da praia choveu, como vocês resolveram o problema de filmar na chuva?
5- Você pegou alguma referência para fazer esta fotografia?
Conversando com o Arnaldo, ele me passou uma referência que é o "The Brown Bunny", com uma fotografia realista e bem independente. Foi um start da ideia e concepção da fotografia. Baseando bastante os enquadramentos na fotografia e buscando uma luz mais justificada, aproveitando as janelas como fonte de luz. Mas existe uma parte criativa de pós produção que será feita que foge da referência.
6- Como foram feitas as cenas de carro?
7- A falta de investimento no filme (o fato do filme ser independente) prejudicou a fotografia?
O fato do filme ser independente limita o parque de luz, conseguimos um apoio da locall que nos possibilitou uma quantidade interessante de luz para realizar o trabalho, com um mega desconto. 70% dos gastos do filme foi com equipamento. Ou seja apesar de independente continhamos um parque de luz considerável. O fato de usarmos um mount 35mm, um adaptador que possibilita o uso de lentes de fotografia, requer uma quantidade de luz maior. Com esse equipamento, conseguimos um resultado bem interessante, não prejudicando a qualidade da fotografia. Claro que sempre trabalhamos com fatores limitantes, tendo que resolver com o que tinha. Isso funciona muito bem como um exercício de resolução de problemas. A equipe de fotografia desenvolveu algumas tractanas no decorrer do filme para alcançar o fotografia esperada. Fico muito grato a eles.
8- Em geral, como foi fazer a fotografia do EVA? Neste término de filme, você está satisfeito com o trabalho feito?
Todo trabalho é um aprendizado, posso dizer que foi uma experiência bem válida, temos altos e baixos na fotografia, coisas que eu faria diferente e outras que me agradam bastante. No geral estou feliz com o resultado.