terça-feira, 28 de abril de 2009

Publicação sobre o Filme

[16/04/2009]
Cineacademia


EVA, novo filme de Arnaldo Belotto

Navegar pela internet, permitir aos ouvidos novas experiências, novos sons e novas melodias; esses foram os elementos principais para o nascimento do filme EVA, a mais nova produção cinematográfica de Curitiba.

Foi dessa maneira que o diretor do filme, Arnaldo Belotto iniciou esse projeto, que marca sua estréia com longa-metragem. Ele ouviu algumas novidades através de um site que dá espaço para talentos musicais e percebeu uma atmosfera diferente, pegou o contato e percebeu uma fragilidade que o incomodou. Mostrou dessa forma que as comunicações virtuais não tiram a proximidade e o sentimentalismo entre as pessoas; pelo menos entre profissionais da arte, que têm o faro para selecionar os elementos com potencial para render uma história envolvente e marcante.

Arnaldo Belotto tem essa característica. Esse universo o acompanha desde a infância, quando assistia filmes com o avô; depois quando comprou uma locadora que acabou sendo vendida para que ele pagasse o curso na Academia Internacional de Cinema.

Formado em 2006 e sócio-fundador da produtora Destilaria, ele reuniu criteriosamente uma equipe, que mesmo com pouca experiência e tempo, se dedicou ao máximo a esse trabalho.
EVA - a palavra que ao primeiro instante nos remete à origem do homem descrita no primeiro livro da bíblia retorna à nossa convivência. A EVA de Arnaldo Belotto tem claro, semelhança com a figura bíblica, significando a mulher, mas também, a fragilidade e a carência. É em torno desses elementos que a trama gira.

Tentando fugir dos padrões do cinema brasileiro, o filme descreve a própria fragilidade da vida de um homem. Ele se chama Albert, vivido por Bruno Girello, que é um fotógrafo retratista e é atormentado pelo passado, que carrega Eva, interpretada por Carolina Fauquemont em uma mistura de amor e do peso da ausência.

O protagonista tem uma chave que simboliza o trancamento de algumas situações da vida e a abertura de outras. O diretor aposta em um filme de sensações, o qual cada pessoa pode sentir de uma maneira diferente contextualizando-as em suas próprias vidas.

A equipe de EVA abraçou a idéia de Belotto e trabalhou unida, arrecadando recursos e dividindo a rotina de cada um com as gravações nos finais de semana. Foram dois meses de filmagem, explorando lugares da região paranaense como o Passeio Público, o Museu de Arte Contemporânea, bares da capital e também o litoral do estado.

Essa produção feita com um orçamento restrito de 4 mil reais e dividido entre a equipe está em fase de edição. Entusiasmado com o resultado obtido até agora, Arnaldo Belotto, já sente saudades do período de gravação, mas se dedica também com o design de som e a finalização do projeto.

A estréia está prevista para o mês de julho. E os planos de Belotto com o filme EVA continuam; ele pretende inscrever o longa no 4º festival Festival do Paraná de Cinema Brasileiro Latino, que acontece em outubro. Se depender da união e da força de vontade da equipe, o prêmio já é de EVA.

Texto:
Rafaella Luvizotto
Edição: Bruna Righesso
Fotografia: Leandro Telles


Fonte:
http://cineacademia.blogspot.com/2009/04/eva-novo-filme-de-arnaldo-belotto.html

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